Beijar-te Outra Vez (part. Celina da Piedade)
Tudo É Vaidade
A maior vitória de um coração partido
É não dizer adeus, é não dizer adeus
E já que o meu se desfez, sentido
De fronte aos olhos teus, de fronte aos olhos teus
E enquanto caminho para o altar
Onde me deixa minha juventude
O fato negro que envergo não me oculta a nudez
Sempre se disse que um suspiro só
E um beijo é só um beijo
Mas se assim fosse nada valeria eu beijar-te outra vez
Cálice que deixaste em teu lugar
Foi um de amargura, foi um de amargura
Mas o sabor que me deste a provar
Ainda perdura, ainda perdura
Depois de vinte anos em que a felicidade nunca dobrou a esquina
E onde escondi do mundo inteiro a minha insensatez
E acreditar que o mundo ainda é dos amantes
Que caminham na borda da valina
E de crer que um dia iria
Beijar-te outra vez
Não há saudade que o querer não satisfaça
Sem torturar a alma
E o perdão que peço não é pra quem não satisfez
Enquanto a morte não me abraçar
E um suspiro não for um suspiro só
E um beijo, só um beijo for
Deixa-me beijar-te outra vez
E um beijo, só um beijo for
Deixa-me beijar-te outra vez
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