Alma do Carreiro
Manoelzinho e Maciel
Olhando o carro de boi
Encostado no porão
Suas rodas desgastadas
Que roda pelo sertão
Com seus cocões ressecados
Agora não cantam mais
Molharam meus olhos d’água
Lembrança do querido pai
Chorando ouvi baixinho
O meu pai chamando os bois
“Maiado, Trovão, Pintado”
Chorei muito mais depois
Olhei outra vez o carro
Então pude ver alguém
Mexendo no cabeçalho
Me olhou e chorou também
Na triste escola do mundo
Mais uma coisa aprendi
Do outro lado da vida
Saudade é igual aqui
Foi na alma do carreiro
Que pude ver a verdade
Não vale a pena chorar
Se o motivo for saudade
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