Rodo Sem Borracha
Juliano Cezar
Tô sem sorte no amor
Não arranjo namorada
Virei rodo sem borracha
Eu não tô rapando nada
Tava de olho numa gata
Eu vou contar pra vocês
Pitelzinho arrumado
Uma frutinha de vez
Daquele olhar sereno
Meu olhar ficou freguês
Eu fui me aproximando
Vejam só o que ela fez
Me disse pra sair fora
Na maior estupidez
Essa foi sua resposta
Eu gosto do que tu gosta
Eu calço quarenta e três
Tô sem sorte no amor
Não arranjo namorada
Virei rodo sem borracha
Eu não tô rapando nada
Lá na rua do Arouche
Encontrei um mulherão
Um corpinho de boneca
Cinturinha de pilão
Nós ficamos cara a cara
Foi a maior tentação
Levei ela no cinema
Na avenida São João
Ela veio em meu ouvido
Eu vazei no colonião
Olha onde eu me meti
Ela era um travesti
Por pouco eu não encho a mão
Tô sem sorte no amor
Não arranjo namorada
Virei rodo sem borracha
Eu não tô rapando nada
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