Não Há Nostalgia
Michel Costa
Não há nostalgia no rosto do vento
Que toca os meus lábios, beijados por ti
Deixando no corpo vigor, frenesi
E preces nas penas do meu sentimento
Tecemos carinhos no escuro, ao relento
E a estrela do norte parece um rubi
Trazido nas asas de algum colibri
Que deixa nos sonhos magias de unguento
Olhamos os riscos da palma das mãos
E vimos passados escritos nos chãos
Da terra aquecida, na tarde mais fria
Pegamos nos sacos. Partimos depois
Daquele Sol-pôr afirmar, para os dois
Que a noite engravida e nos traz outro dia
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